Pensa comigo!

Acabei de perceber no meio das minhas andanças que estou há 1 mês sem redigir nada. Não que não tenham acontecido eventos caricatos cá em casa, acho que disso não sofremos, mas por falta da minha vontade própria.

Hoje não vou escrever nada de especial ou divertido que tenha acontecido. Ainda não sintetizei o mês de Março para ser capaz de o fazer, hoje vou refletir por escrito!

Vejamos! O facebook é um "ninho" de informação que acabo por utilizar bastante não por cusquice mas porque há tanta gente que gosto e quero bem e fica um bocado mal estar sempre a perguntar: Estás bem? Há novidades? Passou-se alguma coisa de interessante ou precisas de desabafar?

Não tem sido uma época fácil para a maioria dos meus 1000 (e uns trocos) amigos. Tenho amigos a deprimir, tenho amigos doentes, tenho amigas a descobrir que estão grávidas, tenho alguns a passar por dramas familiares e alguns a tentar sobreviver a divórcios, viuvez, separação, etc. Depois tenho os de férias, a viajar, os que por norma não se passa nada nas redes sociais, e os que publicam as comidas e afins...

Tudo isto é muito giro, mas a questão que se prende aqui é: Como ajudar os que estão a passar por processos dolorosos? Na maioria das vezes, coloco um "gosto" para saberem indiretamente que li/vi e me preocupo, e sigo viagem na esperança que se precisarem de alguma coisa saibam que estou aqui. Mas será que um gosto numa publicação é suficiente para apaziguar qualquer coisa? Que um comentário chega para ser considerado uma conversa? E quando é comigo, quero que me falem? Quero que me questionem? Quero que me abordem sobre temas que me estão a ser dificéis sintetizar?

A questão é mesmo essa. Eu ajo de acordo com o que gostaria que me fizessem. Quem me conhece sabe que eu falo imenso (não tanto como o número 2 e nem de perto com aquilo que o número 3 aparenta vir a falar, o raios do tipo é uma "matraca de palramentos"), mas quando se trata de falar sobre temas dolorosos, evito-os ou começo a escrever coisas parvas para arrancar sorrisos.

Como o mês de Março não foi propriamente fácil, acabei por perceber que estou errada neste meu método que considerava infalível e o pior de tudo é que parece que não aprendi nas duas pós-graduações que conclui com mérito, sobre como lidar com o sofrimento.

É extremamente complicado passar do papel às ações, obviamente que não estava a pensar que seria fácil, mas já as conclui à anos, e por enquanto que no trabalho até consigo agir de acordo com os manuais, quando entra no campo das amizades é outra história e ajo no sentido oposto.

Este mês decidi comprometer-me comigo própria e tentar descobrir como alterar isto. Será uma luta contra o meu "eu" interior num mês ainda por cima que estou a ganhar coragem para fazer uma pós-graduação dupla que ando a namorar desde a passagem de ano, mas queria convidar-vos para refletirem também e descobrirem como se descentralizar nas redes sociais e começar a pensar em ajudar mais os amigos e conhecidos que estão em fases complicadas, conseguindo assim, auto-ajudar-nos.

Termino como começo: Pensa comigo!


Mãe de 3 aos 33

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