O teratoscópio do número 2

Lá chegou o dia da semana que tenho que ser eu a ir buscar as crias à escola. Hoje para variar comecei pelo número 2, e este manda-me cada "posta de bacalhau" que nunca sei muito bem com que contar.

Como já disse anteriormente o número 2 é aquela criança que tem poder de argumentação e dá volta ao tema com a maior das facilidades (vá, eu sei que ele herdou essa característica da mãe, não é preciso começarem a chover elogios desse lado).

Mas a verdade é que ele continua a surpreende-me nos seus módicos 3 anos, sim porque hoje ao chegar ao carro, decidiu que afinal a causa dos problemas dele sou eu. Começa o diálogo:

2 - Mamã, em que carro vieste?
M - Vim no meu, sabes que não gosto de conduzir o outro.

2 - Eu quero ir no carro velho para casa, chama o pai, porque não veio ele?
M - O pai foi trabalhar e vim eu, vá entra no carro que o número 3 está a dormir e temos que ir buscar o número 1 para o levar à música.

2 - A trabalhar outra vez? Eu também trabalho e consigo vir à escola.
M - Ai trabalhas? Em quê?

2 - Olha, tenho um teratoscópio, trabalho em casa como tu.
M - Mas eu não trabalho em casa, trabalho no hospital.

2 - E eu também, em part-time, já-te disse que tenho um teratoscópio. Ai, não é teratoscópio é estetoscópio, sabes? Aquela coisa igual à dos médicos.

M - Mas tu não és médico!
2 - Só não sou médico porque ainda não me deste a mala da doutora brinquedos. Colocava lá dentro o meu estetoscópio e já podia ser médico em part-time.


E a mãe calou-se, porque mãe que é mãe, tem sempre culpa na boca dos filhos!

Mãe de 3 aos 33!

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